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Author: Johann Begel

Premio y auxilio a publicaçao 2022

Premio y auxilio a publicaçao 2022

Musée du quai Branly, 222 rue de l’université, 75 343 Paris cedex 07

CONVOCATÓRIA 2022

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  1. Prémio jovens pesquisadores/as da Société des américanistes (destinado a jovens pesquisadores/as, como apoio à  publicação de livro derivado de sua tese de doutorado)
  1. Auxílio à publicação de livros científicos

 

O prémio para jovens pesquisadores/as visa apoiar a publicação de um livro derivado da tese de doutorado e que já foi aceito por uma editora, na França ou no exterior. A Société não aceitará manuscritos de teses que não foram retrabalhados para aparecer em forma de livro.

A tese de doutorado deve ter sido defendida há menos de 5 anos. O volume deve se enquadrar no escopo de disciplinas, temas e áreas da Société des américanistes (idênticos aos do Journal) e ser redigido em qualquer dos principais idiomas da Société (francês, espanhol, inglês ou português).

O montante máximo da ajuda será de 3000 €.

O auxílio à publicação se destina, da mesma maneira, a livros científicos dentro das disciplinas, temas e áreas da Société des américanistes (idênticos aos da Revista), e escritos em um dos principais idiomas da Société (francês, espanhol, inglês ou português). Podem ser livros de autoria individual ou coletiva, incluindo compilações de artigos. Somente serão aceitos projetos de publicação que já tenham sido aceitos por uma editora na França ou no exterior. Só se pode submeter um manuscrito uma vez.

O montante máximo do auxílio será de 2500 €.

O prazo final para inscrição é 30 de abril de 2022. As inscrições serão avaliadas e selecionadas por comitês de especialistas designados pelo Conselho de Administração da Société. Os resultados serão anunciados no outono do mesmo ano.

Os documentos necessários para a inscrição são os seguintes:

  • CV do autor/a ou de cada participante em caso de autoria coletiva. O currículo deve incluir uma lista de publicações anteriores;
  • Relatório final da tese (apenas para o Prémio para jovens pesquisadores; para países onde este documento não exista, relatórios ou cartas de recomendação detalhadas de pelo menos dois membros membros da banca)
  • Síntese do manuscrito, em aproximadamente cinco páginas (índice, argumento geral, resumo detalhado, número de figuras e ilustrações);
  • Manuscrito em pdf;
  • Carta de pré-aceitação do editor;
  • Orçamento da editora (incluindo as ajudas solicitadas e as já obtidas, e o montante específico solicitado a Société);
  • Detalhes para contato da editora;
  • Qualquer outro documento considerado relevante.

A falta de qualquer um desses elementos invalidará automaticamente a candidatura.

Para receber o pagamento dos subsídios, os laureados/as se comprometem a mencionar na publicação a contribuição da Société e a incluir seu logotipo, segundo as modalidades acordadas entre a Société e a editora. Um número de cópias deve ser enviado gratuitamente à de receber o prémio ou o subsídio.

As solicitações devem ser enviadas por e-mail para o seguinte endereço:

 societe.publi@americanistes.org , indicando no objeto da mensagem a categoria solicitada (“Prémio” o “Auxilio à publicação”).

Os povos indígenas e o COVID-19. Estado da arte e revisão da literatura

Os povos indígenas e o COVID-19. Estado da arte e revisão da literatura

Este texto é uma breve apresentação de uma lista de referências em construção que reúne trabalhos online de diversos tipos (textos científicos, artigos de jornal, vídeos, fotos) sobre as condições de vida dos ameríndios durante a atual crise sanitária mundial. Tal lista, organizada em diferentes seções, é acessível no website da Société des américanistes, que inaugura uma rubrica inteiramente dedicada a essa questão. Se os coordenadores deste trabalho se concentraram inicialmente na bacia amazônica em razão de suas afinidades particulares com a região, a lista de referências reunirá também textos e outros materiais que descrevem a situação dos ameríndios de outras partes do continente americano em tempos de pandemia.


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Desde abril e maio de 2020, diversos intelectuais, jornalistas, líderes políticos ameríndios e membros de ONGs têm se dedicado a documentar o impacto da pandemia do COVID-19 nas populações indígenas da bacia amazônica. Seja na forma de artigos, de postagens em blogs científicos, ou ainda em jornais da grande mídia, todos esses textos alertam, cada um à sua maneira, sobre as consequências sanitárias, sociais, econômicas, ecológicas, políticas e antropológicas da propagação do SARS-CoV-2 nas terras baixas da América do Sul. É importante, aqui, reconhecer a reatividade e os esforços que já foram feitos não apenas para promover a conscientização, mas também para produzir análises e reflexões em tempo recorde e com o objetivo de tornar visível a situação dramática em que essas populações muitas vezes se encontram. Em diversos casos, a pandemia se somou a contextos de precariedade territorial, de sistemas de saúde ineficazes e de políticas públicas não raro desfavoráveis aos direitos indígenas. O caso do Brasil e do regime bolsonarista é, sem dúvida, o exemplo mais trágico.


Reunimos nessa lista não-exaustiva de referências vários textos que oferecem um panorama abrangente da diversidade de situações e de dificuldades que os povos amazônicos enfrentam em tempos de COVID-19. O objetivo dessa compilação é o de permitir que o leitor identifique problemáticas, abra perspectivas de pesquisa e continue o trabalho de documentação, publicização e apoio aos povos indígenas das Terras Baixas da América do Sul. Forçados a ficar atrás das telas de seus computadores para não se transformarem em vetores da doença, um grande número de pesquisadores especializados nessa região se contenta agora com trocas esporádicas com seus interlocutores e amigos no campo e com a coleta de informações dispersas nas redes sociais ou na mídia. Assim, a presente lista visa facilitar as investigações – e é por isso que um estado da arte da literatura científica sobre o COVID-19 na Amazônia é apresentado ao lado de artigos de imprensa e de materiais não analisados, como uma coleção de links contendo diretrizes sanitárias traduzidas para os idiomas ameríndios. Assim, apresentamos primeiro artigos científicos e números especiais e, em seguida, reunimos, nas diferentes rubricas e em função da temática que abordam, artigos de jornal.


Vale ressaltar que, nesse período de isolamento, não são apenas os pesquisadores não-indígenas que colocam em questão as metodologias da pesquisa etnográfica, pois este é um resultado inevitável da própria situação de pandemia. Nesse sentido, talvez essa seja uma lição importante a retirar do levantamento bibliográfico ainda incompleto: o contextosanitário parece acelerar a colaboração nas análises – e até mesmo no trabalho de escrita –  entre pesquisadores e representantes dos povos indígenas. Além disso, um número significativo de artigos vem sendo escrito por intelectuais indígenas, vindos principalmente da Amazônia brasileira. Apesar dos confinamentos, os meios de comunicação permitem um trabalho constante de vigília e coleta de informações (é o caso, por exemplo, de páginas Facebook como https://www.facebook.com/groups/coronamazon/, administrada por Emile Stoll e moderada por Ricardo Folhes et Elise Capredon), além de trocas e reflexões conjuntas com os contatos indígenas locais, geralmente líderes políticos.


Em termos de conteúdo, além de descrições estatísticas da situação epidemiológica, os artigos lançam reflexões gerais sobre vários eixos de trabalho que resumimos no que segue. Antes de mais nada, a temática central presente em praticamente todos os textos é aquela da relação entre os povos indígenas, os Estados e seus sistemas de saúde. Os textos sublinham a incapacidade estatal de responder às necessidades sanitárias dos povos indígenas. Isso ocorreria em razão de políticas de saúde desiguais, mas também – e talvez de maneira mais grave – por conta do desconhecimento das realidades sociais no que diz respeito, por exemplo, à infraestrutura local e às práticas ameríndias relativas à saúde. As palavras empregadas pelos interlocutores indígenas para descrever essa situação são impactantes. Elas oscilam entre o campo semântico do abandono – principalmente nos países andinos – e aquele da ausência – especialmente no lado brasileiro, onde os povos indígenas já não guardam nenhuma ilusão quanto às intenções hostis do regime Bolsonaro em relação a eles. Na ausência de recursos institucionais eficazes para proteger seus corpos, os ameríndios optam pela proteção de seus territórios.


Notamos, assim, uma clara reafirmação das reivindicações de soberania territorial – soberania essa, diga-se de passagem, paradoxalmente reforçada pelas recomendações dos Estados andinos no sentido de incentivar os povos ameríndios a fechar e controlar o acesso a seus territórios. Como notou Bellier em diferentes comunicações mencionadas abaixo, há uma estreita ligação, de natureza principalmente alimentar, entre a saúde das pessoas e a saúde de seus territórios. Nesse sentido, recorre-se constantemente à ideia de que uma alimentação produzida nos territórios indígenas seria uma das condições para a manutenção de uma boa saúde, ao contrário da alimentação proveniente das cidades inicialmente atingidas pelo Coronavirus. Esse desejo de proteção do território se manifesta em particular nas lutas organizadas para frear as atividades garimperias ou madeireiras. Assim – e talvez com certa ironia – o coordenador da Coordinadora de Organizaciones Indígenas de la Cuenca Amazónica (COICA), Gregorio Mirabal, afirmou recentemente: “Tenemos que hacer un proceso de vacunaciones en todos los territorios de la cuenca amazónica con esa vacuna que se llama gobernanza territorial indígena y que es lo único que nos puede salvar”. Além disso, nos impressionamos com o fato de que a ausência do Estado causou o aumento de demandas por território e por autonomia entre os ameríndios. Ao mesmo tempo, percebemos que os indígenas se viram face a uma retomada atroz das atividades extrativas – como, por exemplo, as extrações minerais, de madeira e de combustíveis fósseis. No Peru, desde maio de 2020, uma série de decretos exonerou certos setores econômicos das normas ambientais restritivas e relaxou os mecanismos de consulta prévia necessários ao desenvolvimento de projetos extrativistas. Potencialmente, a pandemia pressagia, assim, um duplo movimento: por um lado, de retração do poder público e, de outro, de ressurgimento de um setor privado multifacetado e cujas atividades são muitas vezes informais e até mesmo
criminosas. O assassinato de líderes indígenas ameríndios e de ativistas ambientas que se multiplicaram depois do começo da pandemia (principalmente na Amazônia peruana e colombiana) nos lembram, de maneira trágica, que os territórios indígenas são mais do quenunca objetos de cobiça.


Contudo, a aceitação ou não dessas atividades nos territórios ameríndios também é objeto de debate entre as próprias populações indígenas, visto que a crise sanitária muitas vezes abalou diretamente a entrada de recursos financeiros nas comunidades. Como vemos, a pandemia exacerba problemáticas antigas, donde a ação dos missionários protestantes na região é outro caso exemplar: diversas fontes sugerem que os pastores evangélicos aproveitaram do medo suscitado pelo vírus para consolidar ainda mais sua influência e dar novo ânimo a suas ambições proselitistas.
Se as intenções dos missionários multiplicam as inquietudes, é preocupante o caso dos grupos ameríndios em situação de isolamento voluntário com os quais alguns setores religiosos estariam dispostos a forçar o contato – o que, diga-se de passagem, se deve a uma profunda reconfiguração das dinâmicas políticas locais que apenas começamos a conhecer. Na verdade, desde pelo menos o século XVI as populações ameríndias da Amazônia desenvolveram estratégias de distanciamento para se proteger das ameaças imunológicas (varíola, catapora, gripes) relacionadas em particular à colonização europeia, mas possivelmente também resultado de zoonoses potencialmente presentes na floresta tropical (ver artigo de Rostain). Em muitos casos, esse desejo de isolamento voluntário se intensificou ao longo dos anos à medida que novas formas de colonização apareciam e se intensificavam (proselitismo evangélico e católico, agronegócio, exploração de combustíveis fósseis, garimpo, extração ilegal de madeira, narcotráfico, turismo) e face às quais as instituições públicas locais se mostraram impotentes ou até mesmo condescendentes. Se, em razão de seu isolamento anterior, esses ameríndios continuam extremamente vulneráveis às doenças infecciosas e virais, o COVID-19 constitui para eles um perigo considerável que muitos observadores se dedicam a documentar.


O tema fornece, além disso, matéria de reflexão de grande envergadura sobre a noção de “isolamento social”. Os dias atuais, a bem dizer, tem o mérito de inverter a percepção dessa prática como reflexo primitivo e anacrônico de ameríndios hostis à modernidade. Pelo contrário, as medidas mundiais tomadas contra o COVID-19 revelam, por seu efeito de espelho, em que medida esses modos de vida ameríndios emergem diretamente do contexto social e político (logo, viral) ao qual essas populações foram confrontadas, justificando assim seu desejo de um isolamento social protecionista partilhado, agora, com os próprios Estados nacionais.


Por fim, esses textos não se contentam em apresentar panoramas sombrios da situação. Eles sublinham também os formidáveis recursos logísticos, políticos e sanitários que os indígenas mobilizaram para se proteger, enfrentar e buscar interromper as dinâmicas de transmissão do vírus. Diversas iniciativas indígenas surgiram para valorizar seus saberes e práticas medicinais locais e para reivindicar uma verdadeira interculturalidade nas políticas sanitárias estatais.


A epidemia aparece assim como um “fato social total” em contexto pós-colonial, um nó no qual entram em atrito até mesmo práticas do luto e considerações escatológicas divergentes. Bruce Albert alerta, nesse sentido, para a tragédia vivida pelos Yanomami privados dos corpos de seus parentes doentes que, após falecerem, foram cremados pelos serviços sanitários a fim de evitar novos contágios. A lista de referências revela, então, uma “situação epidêmica” – para parafrasear Balandier – que coloca mais do que nunca em relação o conjunto dos atores locais: diferentes populações ameríndias sedentarizadas, colonos,empresas privadas, instituições públicas, bem como, evidentemente, o vírus.

 

Coordenadores: chroniques.sda@gmail.com

  • Paul Codjia (McGill University – Fondation Fyssen)
  • Raphaël Colliaux (IFEA – PUCP – Fondation Fyssen)

 

Outros colaboradores:

  • Claire Anchordoqui
  • Josemaría Becerril Aceves
  • Maddyson Borka
  • Romain Denimal
  • Mateo Knox
  • Maria Luisa Lucas
  • Valentina Vapnarsky
  • Aurore Monod-Becquelin
  • Idjahure Kadiweu
  • Élise Capredon
  • Vincent Hirtzel
  • Julia Vogel
[Indígenas e Covid] – Trabalhos científicos

[Indígenas e Covid] – Trabalhos científicos

Essa primeira rúbrica apresenta os trabalhos científicos redigidos por pesquisadores em ciências sociais e não raro em colaboração com os indígenas que vivem a situação sanitária crítica em suas comunidades de origem.

 

  • Mundo Amazonico, dois números da revista, intitulados « Reflexiones y perspectivas en torno a la pandemia de COVID-19 », foram recentemente consagrados ao COVID-19 na Amazônia.

 

  • Revista Vukapanavo, Volume 3, Número 3, Outubro/Novembro 2020. Número especial Pandemia da Covid-19 na vida dos Povos Indígenas, editado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), em colaboração com Revista Terena Vukápanavo e apoio da fundação Oswaldo Cruz: https://www.vukapanavo.com/

 

  • COVIDAM, 26 de maio de 2020. « Le double choc de la Covid-19 sur une petite communauté d’Amazonie brésilienne », por François-Michel Le Tourneau. O artigo é consagrado aos indígenas do estado do Amapá e à sua gestão dos serviços de saúde locais. O autor relata a situação de São Francisco do Iratapuru, uma reserva de de desenvolvimento sustentável de 806.000 hectares cujos habitantes vivem principalmente da coleta de castanhas-do-pará. Neste lugar, o distanciamento social parece difícil de manter, pois todos vivem próximos e a maior parte dos negócios do dia-a-dia é feita coletivamente. Os hospitais da área sofren com grande falta de equipamentos. Disponível em: https://covidam.institutdesameriques.fr/le-double-choc-de-la-covid-19-sur-une-petite-communaute-damazonie-bresilienne/

 

 

  • COVIDAM, 16 de dezembro de 2020. « Amazonie, une histoire sans geste barrière », de Stephen Rostain. O artigo analisa, desde uma perspectiva histórica, o manejo de epidemias na Amazônia ameríndia. O autor retraça as técnicas curativas locais, baseadas em um excelente conhecimento da farmacopeia tropical. Ele enfatiza que estas habilidades foram amplamente mobilizadas em face da recente pandemia e que diversos protocolos de cuidados baseados no uso minucioso de plantas medicinais foram colocados em prática em muitas lugares das Terras Baixas. Disponível em: https://covidam.institutdesameriques.fr/amazonie-une-histoire-sans-geste-barriere/

 

  • CNRS, Le Journal, 11 de setembro de 2020. « Les peuples autochtones à l’épreuve du Covid-19 », de Irène Bellier. Entrevista com Irène Bellier (CNRS), onde a autora apresenta uma síntese da vasta quantidade de dados relativos aos impactos do COVID-19 entre os povos indígenas ao redor do mundo (América do Norte, América do Sul e Caribe, África, Ártico, Ásia, Oceania e Federação Russa). Bellier indica que as taxas de mortalidade são particularmente altas nas comunidades indígenas em razão das condições socioeconômicas progressivamente delicada que acentua a vulnerabilidade indígena face ao novo vírus. A antropóloga sublinha também, nessas sociedades, há uma relação no geral estreita entre a integridade territorial e a saúde dos indivíduos. Disponível em: https://lejournal.cnrs.fr/articles/les-peuples-autochtones-a-lepreuve-du-covid-19

 

 

  • Aparecida Vilaça, Morte na Floresta, Um ensaio seminal sobre o contágio dos povos indígenas no Brasil, editora Todavia (Coleção Ensaios sobre a pandemia), 2020. A antropóloga Aparecida Vilaça reflete aqui sobre como pela primeira vez desde muito séculos invasores e indígenas sofrem dos mesmos sintomas relativos a um vírus, o COVID-19. O trabalho salienta que o compartilhamento de uma fragilidade comum é uma ocasião para que repensemos nossa relação com as sociedades indígenas. Disponível em: https://todavialivros.com.br/livros/morte-na-floresta

 

 

 

 

 

 

  • Revista Intercambio, 21 de março de 2021. Artigo de Oscar Espinosa de Rivero, professor na Pontificia Universidad Catolica del Peru (PUCP) e especialista na Amazônia peruana. O autor apresenta uma lista de desafios colocados às comunidades indígenas da Amazônia peruana face ao COVID-19, mas também das pressões extremamente violentas em curso em seus territórios. Disponível em: https://intercambio.pe/comunidades-amazonia-2021/

 

 

 

  • Luis Joel Morales Escobedo, “El confinamiento y el trabajo de campo en tiempos del coronavirus, Vol. II”, 8 de setembro de 2020. Nesse segundo episódio de um podcast consagrado ao trabalho de campo durante a pandemia do Covid-19, o antropólogo Luis Joel Morales descreve as condições de trabalho com as cooperativas indígenas nas Terras Altas do Chiapas. Ele explica que foi necessário enfrentar o ceticismo de uma grande parte de seus interlocutores Tsetal e Tsotsil em relação à doença e às orientações sanitárias e, em razão disso, adaptar-se. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=eL-rbUaFmZo

 

  • Jan Rus, “Covid-19 en Chiapas indígena: cuestionando una pandemia oculta”. Novembro de 2020. A partir de conversas telefônicas com antigos interlocutores, colegas e estudantes Tseltal, Tsotsil, Ch’ol e Mam, o antropólogo Jan Rus, especialista no contexto Maya, critica a invisibilização e o silêncio das reportagens redigidas em espanhol em relação às mortes causadas pela pandemia de Covid-19 nas comunidades indígenas do Chiapas. Disponível em: https://www.openanthroresearch.org/doi/pdf/10.1002/oarr.10000351.1

 

  • Leonardo Toledo Garibalid, “La suma de todos los miedos: el Covid-19 en las cadenas de WhatsApp de Chiapas”, Chiapas Paralelo, 14 de julho de 2020. A partir de uma revisão sistemática de seis grupos de WhatsApp e diversos perfis Facebook e Twitter, o antropólogo Leonardo Toledo descreve como a circulação on-line de uma série de rumores sobre a Covid-19, compartilhadas em espanhol e em tsotsil nas comunidades das terras altas do Chiapas, provocou diversos incidentes violentos contra os representantes do governo. Disponível em: https://www.chiapasparalelo.com/opinion/2020/07/la-suma-de-todos-los-miedos-el-covid-19-en-las-cadenas-de-whatsapp-de-chiapas/

 

Adicionado em 29/09/2021 :

  • Barbosa Gonçalves Chryslen Mayra & Chambi Mayta Roger Adan, 2021, « Ñankha usu, khapaj niño, mallku usu. Crisis politica y crisis sanitaria en la Bolivia andina : respuestas indigenas », Maloca. Revista de Estudos Indigenas, v.4, pp.1-29. Os autores documentam a chegada do coronavírus sobre o território boliviano (andino), então em plena crise política. https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/maloca/article/view/14325/10355

 

 

 

  • Pachaguaya Yurja Pedro & Terrazas Sosa Claudia, 2020, Una cuarentena individual para una sociedad colectiva : La llegada y despacho del Khapaj Niño Coronavirus a Bolivia, Asociación Departamental de Antropólogos, ADA-La Paz e Instituto de Investigación y Acción para el Desarrollo Integral – IIADI, La Paz. Livro em que os autores documentam a chegada da covid-19 a partir de relatos e depoimentos de habitantes da região de La Paz, de Oruro e de Chuquisaca. Esses relatos permitem ver a integração do coronavírus na cosmovisão local. O vírus é percebido como um “visitante” a quem são atribuídos nomes e características já presentes no campo lexical relativo às entidades patogênicas não humanas (AIDS, sarampo, varíola). O livro também analisa a organização do sistema de saúde boliviano e as iniciativas tomadas pelos moradores para remediar suas disfunções.   https://www.academia.edu/48860257/%C3%91ANKHA_USU_KHAPAJ_NI%C3%91O_MALLKU_USU_Crisis_pol%C3%ADtica_y_crisis_sanitaria_en_la_Bolivia_andina_respuestas_ind%C3%ADgenas

 

 

 

 

 

  • URBAN INDIAN HEALTH INSTITUTE, 4 de maio de 2021. « Protecting the Sacred: Addressing sexual violence and gender-based violence against Natives in the COVID-19 pandemic » é um relatório do Urban Indian Health Institute tratando das violências sexuais contras os indígenas no tempo de pandemia. Acesso digital: https://www.uihi.org/projects/protecting-the-sacred/

 

  • Marcelo Moura Silva e Carlos Estellita-Lins, « A xawara e os mortos: os Yanomami, luto e luta na pandemia da Covid-19 », Horizontes Antropológicos, n°59, pp.267-285, 2021. Este artigo analisa as dificuldades que os Yanomami enfrentaram, no contexto da pandemia, para pôr em prática suas práticas funerárias. Acesso digital:  https://journals.openedition.org/horizontes/5185

 

 

  • Museo Nacional de Etnografía y Folklore (MUSEF), 2021, Contextos pandémicos. Pueblos y naciones indígenas en Bolivia ante las pandemias y el COVID-19, La Paz, (Anales de la Reunión Anual de Etnología, XXXIV), 144 p. Os artigos deste livro, publicados pelo Museo Nacional de Etnografía y Folklore em La Paz, testemunham as experiências das populações “indígenas, nativas e camponesas” da Bolívia face à epidemia de COVID-19. Os colaboradores recorrem à etno-história, à ciência política e à antropologia para fornecer uma visão rigorosa da situação dos ameríndios no este país (seja nos Andes, nas terras baixas ou nas zonas urbanas).Disponível em : http://www.musef.org.bo/rebelion-de-los-objetos-2020.

 

[Indígenas e Covid] – Crônicas indígenas

[Indígenas e Covid] – Crônicas indígenas

Essa rúbrica reúne testemunhos de indígenas que descrevem a maneira pela qual a situação sanitária tem sido vivida.

 

 

 

 

 

 

 

  • Yasnaya E. Aguilar, “Jëën pä’äm o la enfermedad del fuego, 22 de março de 2020. Nesse ensaio, a linguista mixe Yasnaya Aguillar explora os paralelos entre a emergência da pandemia de Covid-19 e as memórias das epidemias passadas na tradição oral dos indígenas de Oaxaca. Disponível em: https://elpais.com/elpais/2020/03/22/opinion/1584851651_880173.html

 

  • Pedro Uc, “Alternativas de resistencia maya en tiempo de pandemia”, 19 de agosto de 2020. O poeta maya yucateco e defensor do meio-ambiente Pedro Uc situa a pandemia do Covid-19 no contexto mais amplo dos impactos sobre os modos de vida indígenas, principalmente em relação à expansão de monoculturas, ao turismo de massa e aos mega-projetos de infra-estrutura na península de Yucután. Disponível em: http://visionpeninsular.com/mid/alternativas-de-resistencia-maya-en-tiempo-de-pandemia/

 

Adicionado em 29/09/2021 :

 

 

  • THE NEW YORK TIMES, 12 janeiro de 2021. « Tribal Elders Are Dying From the Pandemic, Causing a Cultural Crisis for American Indians ». Esse artigo relata os impactos desastrosos da pandemia sobre os anciãos e as anciãs de diversas nações indígenas nos Estados Unidos e sobre a crise cultural que esses falecimentos engendram. Acesso digital: https://www.nytimes.com/2021/01/12/us/tribal-elders-native-americans-coronavirus.html

 

 

 

  • THE RED NATION, 26 de abril de 2021. « COVID-19 in Indian Country w/ Chief Jerry Daniels, Destiny Morris, & Janene Yazzie » é um episódio do podcast The Red Nation, conduzido por Nick Estes, e trata da resposta indígena à covid-19. Esse episódio é uma edição de uma série de webinários #FridayNightForums organizados pelo Arab Resource & Organizing Center e o Center for Political Education. Acesso digital: https://directory.libsyn.com/episode/index/show/therednation/id/14143568

 

  • INDIGENOUS INVESTIGATIVE COLLECTIVE, 8 de junho de 2021. « Broken system can’t keep track of Native deaths » enfatiza a impossibilidade de conhecer o impacto da pandemia sobre as populações indígenas dos Estados Unidos, devido ao imbróglio legal e administrativoque invisibiliza as cifras indígenas. Acesso digital: https://indiancountrytoday.com/news/broken-system-cant-keep-track-of-native-deaths

 

 

 

 

 

 

[Indígenas e Covid] – Práticas terapêuticas indígenas

[Indígenas e Covid] – Práticas terapêuticas indígenas

Concentrando-se especialmente sobre artigos de mídia, essa rubrica reúne publicações que apresentam as estratégias de cura colocadas em prática por certos grupos ameríndios a fim de combater o COVID-19.

 

 

  • La Mula, artigos da antropóloga Luisa Elvira Belaunde sobre a criação de um grupo de cuidados médicos entre os Shipibo-Conibo, batizado de Comando Matico, na cidade de Pucallpa, região do Ucayali.

  

 

 

 

 

 

Adicionado em 29/09/2021 :

Os vídeos agrupados abaixo (de mídias estrangeiras e bolivianas) documentam o uso de plantas medicinais (principalmente eucalipto, camomila e wira wira) nos Andes bolivianos.

 

  • CAST – Vídeo sobre a complementaridade da medicina local/ocidental – Associated Press (agência de imprensa dos E.U.A.) –  29/01/21 – 1m24 Bolivia impulsa la medicina tradicional contra COVID-19 – YouTube :  https://www.youtube.com/watch?v=QUMiCZhdyUo
  • CAST – Mini-reportagem em vídeo sobre o uso de plantas contra a covid-19 (eucalipto, manzanilla, wira wira) – DW-TV (canal público alemão) – 18/01/21 – 3m39 Los límites de la medicina tradicional :  https://www.youtube.com/watch?v=c3FFc1IzylQ

 

 

 

  • CAST – Vídeo reportagem sobre as técnicas preventivas contra a covid-19 (eucalipto, manzanilla, wira wira) – AFP – 17/04/20 – 2m21 Bolivianos buscan atajar el coronavirus con plantas medicinales ancestrales | AFP – YouTube : https://www.youtube.com/watch?v=89WPgUJeCJ0

 

 

 

[Indígenas e Covid] – Indígenas urbanos e Coronavirus

[Indígenas e Covid] – Indígenas urbanos e Coronavirus

Essa rúbrica busca apresentar o cotidiano dos indígenas que vivem nos centros urbanos no contexto da crise sanitária.

 

 

 

 

Adicionado em 29/09/2021 :

[Indígenas e Covid] – Atividades extrativistas e pandemia

[Indígenas e Covid] – Atividades extrativistas e pandemia

Essa rúbrica concentra-se nas pressões territoriais e sociais geradas pela retomada brutal de atividades extrativistas e econômicas no contexto da pandemia do SARS-CoV-2 (extração mineral e de combustíveis fosseis, garimpo, extração de madeira, narcotráfico, etc.)

 

 

 

 

 

 

  • Daliri Oropeza, “El Tren Maya y la resistencia en tiempos de pandemia”, 31 de maio de 2020. Nesse relato jornalístico, Daliri Oropeza descreve os principais efeitos da pandemia do Covid-19 nas cidades à beira-mar e nos territórios indígenas da península de Yucután. As aldeias indígenas interditaram a entrada de estrangeiros, os hotéis despediram milhares de trabalhadores maia e o principal projeto de infraestrutura do governo nacional foi adiante apesar das restrições sanitárias. Disponível em: https://piedepagina.mx/el-tren-maya-y-la-resistencia-en-tiempos-de-pandemia/

 

Adicionado em 12/07/2021:

 

 

Adicionado em 10/08/2021:

 

Adicionado em 29/09/2021 :

 

[Indígenas e Covid] – Os missionários evangélicos

[Indígenas e Covid] – Os missionários evangélicos

Essa rúbrica apresenta a multiplicação, no contexto da crise sanitária, das atividades proselitistas desenvolvidas junto aos ameríndios

 

 

Série de reportagens sobre as campanhas anti-vacina desenvolvidas por missionários evangélicos. Nessas investigações, descobrimos que certos atores do movimento proselitista protestante compartilham fake news para convencer os indígenas a não se vacinar.

 

[Indígenas e Covid] – Indígenas em isolamento voluntários

[Indígenas e Covid] – Indígenas em isolamento voluntários

Essa rúbrica é sobre os povos em isolamento voluntário no contexto da pandemia. Em razão de seu isolamento anterior, esses grupos são extremamente vulneráveis às doenças infecciosas e virais.

 

[Indígenas e Covid] – Fotoreportagens

[Indígenas e Covid] – Fotoreportagens

Essa rúbrica apresenta diferentes reportagens com foco na fotografia. Os trabalhos mencionados ilustram em particular as práticas terapêuticas da população Shibipo-Konibo da Amazônia peruana.

 

  • Media online Ojo público: